Por que o INSS nega o BPC/LOAS para autistas – e o que fazer quando isso acontece?
Infelizmente, muitas famílias têm enfrentado a frustração de ver o Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) negado pelo INSS, mesmo quando a criança ou adulto diagnosticado com autismo claramente se enquadra nos critérios da lei. Como advogada especialista na área, quero te explicar, de forma direta, os principais motivos dessa negativa — e como agir para reverter essa situação.
Principais motivos de negativa:
🔴 Renda familiar acima
do limite
O BPC exige que a renda por pessoa da família seja igual ou inferior a 1/4 do
salário mínimo. Mesmo um pequeno valor a mais pode gerar a recusa automática,
mesmo que a família esteja em situação de dificuldade.
🔴 Falta de comprovação
da deficiência
Muitas vezes, o diagnóstico de autismo está presente, mas o laudo médico não
demonstra como a condição impacta a vida da pessoa — seja na autonomia, no
convívio social ou na capacidade de realizar tarefas do dia a dia. O INSS quer
mais do que um CID: quer entender o contexto funcional do paciente.
🔴 Documentação
incompleta ou inadequada
Relatórios mal preenchidos, ausência de exames, ou mesmo a falta de descrição
sobre o impacto do autismo podem fazer com que o pedido seja indeferido.
🔴 Falhas na avaliação
social ou perícia médica
O INSS realiza uma análise técnica e social. Se a assistente social ou o perito
emitir um parecer negativo, mesmo que exista laudo, o benefício pode ser
negado. E sim, infelizmente, isso acontece com frequência.
O que fazer quando o INSS nega?
1️⃣ Leia com atenção o motivo
da recusa.
O INSS é obrigado a informar por escrito a razão da negativa. Isso é
fundamental para saber qual caminho seguir.
2️⃣ Reúna novos documentos e
recorra.
Você pode apresentar laudos mais detalhados, relatórios da escola, de
terapeutas e médicos — e até mesmo vídeos mostrando a rotina da criança.
3️⃣ Procure orientação jurídica
especializada.
Muitas famílias só conseguem o BPC após uma ação judicial. Um advogado
experiente pode analisar o caso, apontar os erros no processo e conduzir a ação
com mais chances de sucesso.
Um ponto essencial:
✅ O autismo é legalmente reconhecido como deficiência, independentemente do grau.
Mas o BPC exige, além do diagnóstico, a comprovação de vulnerabilidade social e da incapacidade de autossustento. Ou seja, é preciso mostrar que a pessoa com autismo depende do benefício para viver com dignidade.
Se você teve o BPC negado, não desista. Com apoio técnico e orientação jurídica, é possível sim reverter a situação e garantir esse direito.
📩 Se precisar de ajuda, meu escritório está à disposição para analisar o seu caso com todo o cuidado que ele merece.
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